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Experimento Cênico Com Renato Rocha


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O processo aberto de Renato Rocha aconteceu no ginásio da PUC-Rio, dentro da Mostra Bosque PUC cena experimental. O diretor brasileiro Renato Rocha desenvolve uma carreira internacional desde 2010. Em Londres, criou espetáculos para a Royal Shakespeare Company, The Roundhouse, LIFT (Festival Internacional de Teatro de Londres) e Circolombia. É também o diretor artístico da organização Street Child United, que cria projetos artísticos, trabalhando com jovens de rua em 20 países. E também é um dos diretores artísticos da Circus Incubator, uma plataforma de pesquisa de circo. Desta vez, ele criou uma cena performática dentro de um espaço próprio para florescer acontecimentos artísticos desta natureza.


O público ao chegar no espaço depara-se com muitos objetos espalhados. Objetos que não possuem – diretamente – nenhuma relação comum. E dentro deste mesmo espaço, o público encontra sete atores já interagindo neste lugar criado, com os objetos, de uma maneira peculiar e imediatamente intrigante. Ao som de uma instrumentalidade pacífica e relaxante, Renato Rocha reage as interações de maneira interessada e curiosa. Os espectadores tornam-se atores da cena/performance e entram na atmosfera dos objetos no espaço. E em meio a tanta diversidade de movimentos, pessoas e coisas vale ressaltar algumas imagens que surgiram do acaso cênico como a interação de uma jovem alta, com uma máscara de demônio, lançando uma pequena bola de borracha sobre uma torre de copos de plástico. Também a dança realizada por outros dois jovens enrolados a uma rede, que interagiam - não com objetos – mas com o espaço, como se vivessem uma experiência de prisão – na rede – e ao mesmo tempo a sensação de pertença ao mundo: movimentos de expansão e contenção em diversas velocidades.


A cena se construiu a partir da soma das subjetividades de cada um, ator ou não ator. A cena se constrói a partir do deslocamento de ações realizados pelas próprias pessoas. Poucos apenas assistiram. A maioria das pessoas/público se lançaram na experiência proposta neste processo aberto, neste espaço de interação entre pessoas e coisas. Há um dado momento da experiência, que, sem ritmos fechados, ou mesmo nuances previsíveis a cena se encerra. O diretor então faz uma grande roda e explica minimamente o que é se lançar em um processo aberto: mistura de insegurança, medo, tensão. “O que vamos fazer lá? ” - Seus parceiros de cena perguntavam, quando se reuniram para idealizar o que seria feito na mostra.


Renato Rocha cria um acontecimento onde as pessoas viram coisas e as coisas viram pessoas. Objetos inanimados ganham movimentos e pessoas se nutrem da vida que emana desses objetos. Nasce uma sutil e poética relação improvável dessas coisas com aquelas pessoas. Uma relação, como tudo no teatro, nas artes e na vida, imutável e irrepetível.

 MANIFESTo CULTURAL        ''SEMENTES'' 

 

Nós nos reunimos para pensar o pensamento crítico da atualidade. Um pensamento crítico que pretende aproximar os fazeres artísticos em pauta da pesquisa universitária.

Investigamos o diálogo em ebulição entre as formas mais tradicionais - em desuso ou não - as questões contemporâneas e as nossas individualidades enquanto alunos de Artes Cênicas da PUC-Rio.

 

A semente que plantamos se distancia do juízo de valor e busca conectar as experiências estéticas em exposição com os nossos próprios experimentos.  

  Dicas da semana: 

 

02/06/17: Obsessões (Laborátorio de Artes Cênicas PUC-Rio) 

03/06/17: Anánkê (Laboratório de Artes Cênicas PUC-Rio) 

04/06/17: Boca de miséria (Vila os diretórios PUC-Rio)

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